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O que verdadeiramente nos motiva é a possibilidade de antever, antecipar, escapar dos grilhões da linearidade da percepção temporal conscientes de que o futuro, em muitos dos seus aspecto gerais, já foi determinado pelo passado e pode ser intuído no presente

“Coolhunting”, numa tradução literal, é a caçada de coisas “cool”. Não existe um termo em português que corresponda exatamente ao sentido da palavra “cool” nesse contexto. “Cool”, cuja tradução formal mais próxima seria “fresco” ou “agradavelmente frio”, é também usado como gíria para representar coisas “legais”. Na expressão “cool hunting” a palavra se refere àqueles itens que são admirados e desejados por representarem o espírito de uma época (zeitgeist).

Coolhunting é a atividade de buscar identificar, antecipadamente, aquilo que será admirado e desejado num futuro próximo. Quem abraça essa atividade é chamado de “coolhunter”. Seu trabalho consiste em fazer uma leitura da sociedade no momento atual e identificar as linhas de força que atuam sobre ela, particularmente no que se refere a desejos, necessidades e aspirações, observando as variáveis econômicas, tecnológicas, culturais, políticas e ambientais, com o objetivo de formular hipóteses comportamentais.

O coolhunter desenvolve a habilidade de perceber, antes da maioria das pessoas, o que vai acontecer. De eleger, entre os inúmeros possíveis cenários, aquele que irá se concretizar. O “pensamento antecipativo” é, necessariamente, não linear e holístico. A quantidade de informações captadas e processadas pelo nosso cérebro é muito maior do que temos consciência. Um coolhunter busca informações, mas trabalha com a “intuição”, ou seja, desenvolve a capacidade de deixar “aflorar” seu processamento não consciente. A antevisão do futuro é noética, se apoia na intuição.

Via Administradores

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