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Mais de 70% dos compartilhamentos acontecem no Dark Social, segundo RadiumOne. Na verdade, todos nós fazemos isso o tempo todo, sempre que compartilhamos um conteúdo através de um aplicativo de mensagens (WhatsApp, por exemplo) ou por e-mail, estamos compartilhando conteúdo por meio do chamado Dark Social.

Dark Web é outra coisa, é um termo que se refere especificamente a sites criptografados que não podem ser encontrados usando mecanismos de pesquisa usuais ou visitados por meio dos navegadores tradicionais. Deep Web são todas as páginas da web que os motores de busca não podem encontrar. A Dark Web faz parte da Deep Web, mas são coisas diferentes. A Dark Web existe para não ser encontrada e a Deep Web engloba tudo que está na web, mas não pode ser indexado, nosso webmail por exemplo. Só para deixar claro que Dark Web não tem nada a ver com Dark Social.

O termo Dark Social foi introduzido em 2012 por Alexis C. Madrigal, refere-se ao tráfego que é categorizado como “tráfego direto” por várias ferramentas analíticas quando, na realidade, o tráfego está sendo compartilhado entre os usuários. Tecnicamente o tráfego direto deveria ser apenas quando o visitante digita o endereço diretamente no browser. Sempre que criamos uma campanha de anúncios, uma postagem para mídia social ou enviamos um email marketing, criamos uma URL específica que vai identificar nas ferramentas de analytics de onde veio aquele acesso. Porém quando o link é compartilhado por outras pessoas nesses canais, perdemos esse controle.

Exemplos de Dark TrafficDark Traffic

  • Links compartilhados por meio de aplicativos de mensagens pessoais, como WhatsApp, Facebook Messenger e Snapchat, entre outros.
  • Links compartilhados pelo Gmail.
  • Quando o usuário fez a pesquisa em modo privado.

Dark Traffic porque ele aparece como tráfego direto, sendo que não é, veio das mais variadas fontes. O problema é que como vimos, a quantidade de compartilhamentos que chegam desses canais é enorme, o que faz a primeira vista parecer que a maior parte dos acessos ao nosso site ou blog vêm de tráfego direto.

Dark Social

Tráfego proveniente do Dark Social é simplesmente muito grande para ser ignorado

Nos últimos dois anos, a maioria dos clicks vem de dispositivos móveis. Os links vindos do Dark Social Mobile subiram de 53% em agosto de 2014 para 62% em fevereiro de 2016. Os outros 38% vêm de desktops.

Os números só aumentam, isso porque obviamente as pessoas são mais motivadas a clicarem em links enviados por seus conhecidos, amigos, colegas de trabalho, do que aqueles compartilhados pelas marcas. Os dados vindo do Dark Social dão uma representação mais específica dos interesses reais dos consumidores. Entender esses números é crucial para os profissionais de marketing se conectarem com seu público.

De acordo com a mesma pesquisa da RadiumOne, 46% dos consumidores com idade acima de 55 anos compartilham apenas no Dark Social. Se formos pensar em segmentos, as áreas com mais clickbacks via Mobile Dark Social são alimentos e bebidas, saúde, moda, hobbies, esportes e entretenimento.

Então o que podemos fazer? A primeira coisa a fazer é estar ciente disso e saber que existe. Em segundo lugar, tagear absolutamente tudo que puder. Se você estiver executando campanhas de email, campanhas de anúncios ou qualquer tipo de atividade social, use códigos UTM para rastreamento assim você poderá acompanhar no Google Analytics. Em terceiro lugar, use encurtadores de URL como bit.ly para compartilhar seus links. Por fim, analise seu tráfego direto. Se o tráfego direto está indo além de sua homepage, grandes possibilidades de que seja Dark Traffic. Pense comigo, difícil que uma pessoa digite uma longa URL no browser para poder acessar, certo? Se quiser ir além, use ferramentas como Po.st ou GetSocial.io.

É importante que, com essas informações, não se supervalorize a importância do seu tráfego direto e subestime a importância de algumas das atividades de busca ou atividades sociais que são um pouco mais sutis na hora de se determinar.

Google Analytics para Iniciantes

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