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A síndrome do impostor se refere a pensamentos de que você não é tão competente quanto os outros acham que você é.

Embora as pessoas geralmente apliquem essa definição de maneira restrita à inteligência e à conquista, ela está ligada ao perfeccionismo e ao contexto social.

De maneira resumida, a pessoa se sente uma farsa – sente que a qualquer momento será descoberta como uma fraude – como se não pertencesse onde está e só tivesse chegado lá por pura sorte.

Síndrome do Impostor - Como Superar

O Que é a Síndrome do Impostor?

A síndrome do impostor é um sentimento generalizado de insegurança, apesar de muitas evidências esmagadoras do contrário. Atinge indivíduos inteligentes e bem-sucedidos.

Muitas vezes, alguém que se destaca após uma conquista especialmente notável, como admissão em uma universidade de prestígio, mas também reconhecimento público, conquista de um prêmio ou promoção. Antes de mais nada, a síndrome do impostor não discrimina: pessoas de todos os grupos demográficos podem se sentir como fraudes.

As pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas,
e as idiotas estão cheias de certezas.
(Bertrand Russell)

A Síndrome do Impostor vem com três tipos de sentimentos:

Podemos experimentar apenas um desses sentimentos ou todos misturados.

Tipo 1: “Sou uma farsa.”

O medo fundamental é de ser descoberto ou desmascarado. O sentimento é de que conquistaram muito, mas chegará o dia em que eles serão revelados como fraudes.

Tipo 2: “Eu tive sorte.”

Aqui o sentimento é que as conquistas se deram por pura sorte. Na verdade, a pessoa sente que não é tão talentosa assim.

Tipo 3: “Isso não é nada.”

É quando a pessoa não consegue ver o valor nas suas conquistas. Principalmente não recebe bem os elogios. Acredita que seu sucesso só teve mérito porque seus concorrentes eram muito fracos e assim foi “fácil” ganhar.

A síndrome do impostor é um termo da Psicologia que se refere a um padrão de comportamento no qual as pessoas duvidam de suas realizações e têm um medo persistente, principalmente internalizado, de serem expostas como uma fraude.

Não é um distúrbio real, o termo foi cunhado pelos psicólogos Pauline Clance e Suzanne Imes em 1978, quando descobriram que, apesar de terem evidências externas adequadas de realizações, as pessoas com a síndrome ou fenômeno continuavam convencidas de que não mereciam o sucesso conquistado.

Síndrome do Impostor

Você não está sozinho

Se você já se sentiu assim, fique tranquilo. Estudos indicam que aproximadamente 70% das pessoas experimentam esses sentimentos em algum momento de suas vidas.⠀

Muitos fatores podem levar a esses sentimentos. Não apenas algo interno como autoestima e autoconfiança, mas também uma expectativa muito alta construída desde a infância.

Uma mudança de papel também pode desencadear a síndrome do impostor. Por exemplo, iniciar uma universidade ou novo emprego pode fazer com que você sinta que não pertence ou não é capaz.

Sem vulnerabilidade, sem criatividade. Sem tolerância ao fracasso, sem inovação. É simples assim. Se você não está disposto a fracassar, não pode inovar. Se você não pode construir uma cultura vulnerável, não pode criar.
(Brené Brown)

O perfeccionismo desempenha um papel significativo. Bem como problemas para pedir ajuda a outras pessoas ou procrastinar devido aos seus próprios altos padrões.

Os perfeccionistas criam expectativas extremamente altas para si mesmos e, mesmo que atinjam 99% de suas metas, se sentem fracassados. Qualquer pequeno erro faz questionar sua própria competência.

Síndrome do Impostor

Como Superar a Síndrome do Impostor

Para superar a síndrome do impostor, sobretudo você precisa começar a se fazer algumas perguntas difíceis.

  • Quais crenças centrais eu tenho sobre mim mesmo?
  • Acredito que sou digno de amor como sou?
  • Devo ser perfeito para que os outros me aprovem?

Primeiramente, para se sentir melhor é preciso saber que pessoas famosas e bem-sucedidas sofrem das mesmas dúvidas. Da mesma forma que seus ídolos.

Uma pesquisa descobriu que o que você diz a si mesmo pode realmente mudar a maneira como se vê – aumentando a confiança durante um evento estressante.

We can be heroes just for one day

Exercícios para mudar sua maneira de pensar

Faça uma lista. Liste pelo menos 10 itens que demonstram sua qualificação tão boa quanto a de qualquer outra pessoa para o papel que você está buscando. Está tendo problemas? Então, pergunte a si mesmo que evidências existem de que você é menos qualificado do que qualquer outra pessoa para fazer esse trabalho.

Comemore suas realizações. Muitas pessoas tendem a explicar seu sucesso como “sorte” ou “ajuda de outras pessoas”, em vez de seus próprios méritos. Assuma o papel que desempenhou no seu sucesso, proibindo-se de recorrer a desculpas. Portanto, pratique dizer essas palavras em voz alta: “Tenho orgulho do que realizei”.

Visualize o sucesso. Visualize com precisão como você será a situação (de maneira positiva e com sucesso) antes que ela aconteça. Essa é uma tática que é ensinada aos militares, treinando-os para visualizar como eles vão lidar com uma situação antes que ela aconteça.

É importante lembrar: o fracasso não faz de você uma fraude. Até os melhores atletas falham, os melhores advogados perdem casos, ao mesmo tempo que grandes marcas cometem erros de marketing.

Não fracassei ao tentar. Simplesmente, encontrei 10 mil maneiras que não funcionam.
(Thomas Edison)

Falhar, perder e estar errado de vez em quando fazem parte do trabalho. Dessa forma, não deixe isso definir você. Aprenda com seus erros e siga em frente.

Técnicas para Começar Hoje

Para superar esses sentimentos, você precisa se sentir confortável em enfrentar algumas dessas crenças profundamente arraigadas que mantém sobre si mesmo. Isso pode ser difícil, porque você pode nem perceber o que realmente pensa e sente sobre você. Aqui estão algumas técnicas que você pode usar.

Compartilhe seus sentimentos.

Converse com outras pessoas sobre como você está se sentindo. Quando ocultamos e não mencionamos essas crenças irracionais, elas ganham mais força.

Ajude os outros.

Embora isso possa parecer fora de foco, tente ajudar outras pessoas na mesma situação que você. Se você encontrar alguém que parece inseguro, ajude. Ao praticar esse poder, você ganhará confiança em suas próprias habilidades.

Avalie suas habilidades.

Se você tem crenças antigas sobre sua incompetência em situações sociais e de desempenho, faça uma avaliação realista de suas habilidades. Assim, anote suas realizações e no que você é bom, e compare isso com sua auto-avaliação.

Dê passos de bebê.

Não se concentre em fazer as coisas perfeitamente, mas faça seu melhor possível no momento e se recompense por agir.

Questione seus pensamentos.

Ao começar a avaliar suas habilidades e dar pequenos passos, pergunte se seus pensamentos são racionais. Afinal, faz sentido que você seja uma fraude, considerando tudo o que sabe?

Pare de comparar.

Toda vez que você se comparar com os outros em uma situação social, encontrará uma falha em si mesmo que alimenta a sensação de não ser bom o suficiente ou não pertencer. Em vez disso, durante as conversas, concentre-se em ouvir o que a outra pessoa está dizendo. Foque sempre em aprender mais.

Use as redes sociais conscientemente.

Sabemos que o uso excessivo das redes sociais pode estar relacionado a sentimentos de inferioridade. Portanto, se você tentar retratar uma imagem nas redes que não corresponde a quem você realmente é ou que é impossível de alcançar, isso só piorará seus sentimentos de fraude. Ainda mais que ninguém mostra seu pior ou seus fracassos. Então, o que você está vendo dos outros não é a verdade completa.

Pare de lutar contra seus sentimentos.

Não lute contra os sentimentos de não pertencer. Antes de tudo, tente se apoiar neles e aceitá-los. É somente quando você os reconhece que você pode começar a desvendar as crenças fundamentais que o estão impedindo.

Não permita que a insegurança te paralise.

Não importa o quanto você sinta que não é capaz, não deixe que isso o impeça de perseguir seus objetivos. Continue. Afinal, se você sabe 1% a mais que alguém, você já é capaz de ajudar. Se der medo, vai com medo mesmo!

A ausência do medo (ou pelo menos prudência) é loucura. Ter medo é normal. Afinal, impede que a gente faça coisas completamente suicidas. Porém, deixar de realizar seus sonhos e desejos é um problema de verdade e precisa se encarado.

Conclusão

Se você se sente um impostor, significa que você já teve algum grau de sucesso em sua vida que está atribuindo à sorte. Tente transformar esse sentimento em gratidão. Em síntese, veja o que você realizou em sua vida e seja grato.

Não é o crítico que importa.
Nem aquele que aponta quando o outro tropeça.
Nem aquele que diz que o outro deveria ter agido diferente.

O mérito é do homem na Arena,
aquele com o rosto sujo,
de poeira, suor e sangue,
que se empenha,
erra, fracassa uma, duas,
três, quatro vezes.

Aquele que, no final,
embora conheça o triunfo
da vitória, pode até fracassar,
mas sempre se
arriscando a ser imperfeito.”

(Theodore Roosevelt)

Compartilhe este artigo com alguém que você acredita que possa se beneficiar ao conhecer mais sobre esse tema.

Perguntas Frequentes sobre a Síndrome do Impostor

O que é a síndrome do impostor?

As pessoas que sofrem da síndrome do impostor duvidam de suas próprias realizações e têm um medo persistente de serem expostas como fraudes, mesmo quando possuem evidências sólidas de seu sucesso.

Quais são os sinais comuns da síndrome do impostor?

Os sinais comuns da síndrome do impostor incluem se sentir como uma farsa, acreditar que o sucesso foi resultado de sorte ou coincidência, subestimar as próprias conquistas e ter medo de ser descoberto como incompetente.

Quem pode ser afetado pela síndrome do impostor?

A síndrome do impostor pode afetar pessoas de todos os grupos demográficos, independentemente de sua inteligência, habilidades ou conquistas. Ela pode ocorrer em diversos contextos, como na vida acadêmica, profissional ou pessoal.

Como superar a síndrome do impostor?

Superar a síndrome do impostor envolve reconhecer e desafiar os pensamentos negativos e irracionais, buscar apoio de pessoas de confiança, desenvolver autoestima e autocompaixão, estabelecer metas realistas e celebrar conquistas, além de buscar orientação profissional, se necessário.

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