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Vieses cognitivos são atalhos mentais. O cérebro representa apenas 5% de nossa massa corporal, mas consome cerca de 20% de energia. Assim, é o órgão energeticamente mais caro do nosso corpo. Então, para otimizar essa energia, usamos atalhos mentais, e aí surgem os erros de julgamento ou vieses cognitivos.

Por isso, nossos processos para tomada de decisão não são realizados de forma tão racional quanto gostamos de acreditar. Em muitos casos, nossas decisões são baseadas em heurísticas, procedimentos que nos auxiliam na hora de resolver um problema. Pensamos rápido graças a esses atalhos cerebrais, julgamentos intuitivos que se baseiam no processamento de informações com conhecimento parcial, em experiências ou em suposições.

Vieses Cognitivos no Marketing

Heurísticas e Vieses Cognitivos

Como vimos, nossos atalhos mentais estão aqui para nos ajudar no controle do consumo de energia pelo cérebro. Porque eles agilizam nossas análises e tomada de decisão. São sem dúvida importantes para nossa sobrevivência, mas sujeitos a erros.

Heurísticas são ferramentas cognitivas usadas para a rápida tomada de decisão. Embora sejam extremamente úteis para a vida cotidiana, podem facilmente se transformar em um viés cognitivo. Por isso, um viés cognitivo é usado para simplificar o pensamento, mas pode ser perigoso quando os deixamos no comando.

Modelos Mentais e Vieses Cognitivos

Vieses cognitivos e modelos mentais não são a mesma coisa. Os vieses são erros sistemáticos no processamento das informações. Modelos mentais são conceitos que nos ajudam a entender e explicar contextos e situações.

Então, na maioria das vezes eles servem como excelentes atalhos para a nossa comunicação. Sendo assim, é possível que um modelo mental seja também um viés? Sim. Os vieses cognitivos são exemplos de modelos mentais.

Uma característica fundamental de um viés cognitivo é que quase sempre não somos capazes de percebê-los em nós mesmos. Conseguimos facilmente apontar um viés em outra pessoa, mas eles são praticamente invisíveis para quem os manifesta.

Ninguém gosta de admitir seus vieses porque eles indicam erros, contradições e até mesmo preconceitos. A boa notícia é que a conscientização sobre vieses cognitivos possibilita trabalhar melhor esses modelos mentais. Por isso, por mais doloroso que possa parecer, reconheça sua existência em você também.

Falácias e Vieses Cognitivos

Os vieses cognitivos são confundidos com falácias lógicas porque ambos lidam com erros de pensamento e raciocínio. O viés cognitivo afeta a forma como processamos as informações, enquanto as falácias lógicas ocorrem quando há uma falha na argumentação lógica.

Um viés cognitivo muitas vezes pode levar a uma falácia lógica. Por exemplo, nossos vieses sociais nos tornam mais propensos a acreditar ou confiar no que pessoas do nosso grupo dizem. Isso leva à falácia lógica de apelar para a popularidade.

Alguns vieses têm a palavra “falácia” em seu nome, mas é só você perceber que se trata na verdade de um erro no pensamento e não na argumentação.

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A influência dos vieses cognitivos na tomada de decisão

Podemos organizar os vieses em quatro grandes grupos. Sobrecarga de informações, falta de sentido, necessidade de agir rápido e saber o que precisa ser lembrado no futuro.

influência dos vieses cognitivos na tomada de decisão

1. Razão dos Vieses Cognitivos: Muita Informação

Existe muita informação no mundo, não temos escolha a não ser filtrar quase tudo. Nosso cérebro usa alguns truques simples para escolher a quantidade de informação que provavelmente será útil de alguma forma agora ou em outra ocasião. Com isso, muita coisa precisa ficar de fora.

Notamos coisas que já estão gravadas na memória ou são repetidas com frequência.

Esta é a regra simples de que nossos cérebros são mais propensos a notar coisas relacionadas ao que foi carregado recentemente na memória. Exemplos: viés de disponibilidade, efeito da mera exposição, efeito de contexto, esquecimento dependente, fenômeno Baader-Meinhof, lacuna de empatia.

Coisas bizarras, engraçadas, impressionantes e antropomórficas se destacam mais que outras.

Nossos cérebros tendem a aumentar a importância de coisas que são incomuns ou surpreendentes. Com isso, tendemos a ignorar informações que achamos que são comuns demais ou esperadas. Exemplos: efeito de isolamento, viés de negatividade, viés de publicação, viés de omissão

Percebemos quando algo mudou.

Valorizamos mais quando existe essa comparação entre valores. Também se aplica quando comparamos duas coisas semelhantes. Exemplos: efeito ancoragem, efeito contraste, efeito foco, efeito de enquadramento, lei de Weber-Fechner, viés de distinção.

Notamos falhas nos outros mais facilmente do que em nós mesmos.

Com certeza você acha que tudo que leu até aqui se aplica a várias pessoas, mas não a você. Portanto, perceba que você também está sujeito a esses vieses. Exemplo: viés do ponto cego, cinismo ingênuo, realismo ingênuo.

2. Razão dos Vieses Cognitivos: Falta de Sentido

O mundo é muito complexo, e acabamos vendo apenas uma pequena porção dele, mas precisamos entender pelo menos um pouco para sobreviver. Uma vez que temos um fluxo reduzido de informações, conectamos os pontos, e preenchemos as lacunas com ideias que já conhecemos.

Encontramos histórias e padrões mesmo em dados independentes.

Como percebemos apenas uma pequena parte das informações do mundo e também filtramos quase todo o resto, nunca temos a história completa. É assim que nosso cérebro reconstrói o mundo para fazer sentido dentro de nossas cabeças. Exemplo: ilusão de agrupamento, negligência da taxa básica, negligência com a probabilidade, ilusão de validade, falácia do homem mascarado, ilusão recente, falácia do jogador, correlação ilusória, pareidolia, antropomorfismo.

Buscamos estereótipos, generalidades e histórias anteriores sempre que há algo novo ou lacunas na informação.

Quando temos informações parciais sobre uma coisa específica que pertence a um grupo de coisas com as quais estamos bastante familiarizados, nosso cérebro não tem problemas em preencher as lacunas com suposições ou o que outras fontes confiáveis ​​falam.

Convenientemente, esquecemos então quais partes eram reais e quais foram supostas. Exemplo: erro de atribuição de grupo, erro de atribuição final, estereótipos, fixação funcional, viés moral, falácia do mundo justo, argumento de falácia, viés de autoridade, viés de automação, efeito adesão, efeito placebo.

Imaginamos coisas e pessoas das quais estamos familiarizados ou gostamos como melhores do que coisas e pessoas com as quais não estamos familiarizados ou não gostamos.

Exemplo: efeito Halo, viés de grupo, efeito de homogeneidade, efeito cruzado, efeito de líder de torcida, efeito da estrada bem percorrida, não inventado aqui, desvalorização reativa, efeito de positividade

Simplificamos probabilidades e números para torná-los mais fáceis de compreender.

Nossa mente inconsciente é terrível em matemática e geralmente erra todos os tipos de coisas sobre a probabilidade de algo acontecer se algum dado estiver faltando. Exemplo: contabilidade mental, viés da normalidade, apelo à probabilidade, negligência da taxa básica, lei de Murphy, lei de Hofstadter, efeito da subaditividade, viés de sobrevivência, viés de soma zero, efeito denominação, número mágico sete mais ou menos dois, ilusão do corpo de nadador.

Achamos que sabemos o que os outros estão pensando.

Em alguns casos, isso significa que assumimos que eles sabem o que sabemos, em outros casos, assumimos que estão pensando em nós tanto quanto estamos pensando em nós mesmos. Exemplo: maldição do conhecimento, ilusão de transparência, efeito refletor, ilusão de insight assimétrico.

Projetamos nossa mentalidade e suposições atuais no passado e no futuro.

Porque não somos muito bons em imaginar com que rapidez ou lentidão as coisas vão acontecer ou mudar ao longo do tempo. Exemplo: determinismo rasteiro, viés do resultado, sorte moral, declinismo, efeito telescópico, retrospectiva idílica, viés de impacto, otimismo irrealista, falácia do planejamento, viés de economia de tempo, viés pró-inovação, previsão afetiva, viés de restrição.

Quatro Tipos de Dilemas que Levam aos Vieses Cognitivos

3. Razão dos Vieses Cognitivos: Necessidade de Agir Rápido

Sem a habilidade de agir rápido diante da incerteza, não teríamos sobrevivido como espécie. Sendo assim, com cada nova informação, precisamos fazer o nosso melhor para avaliar a situação, tomar decisões, simular o futuro para prever o que pode acontecer a seguir, e agir de acordo.

Para agir, precisamos ter confiança em nossa capacidade de causar impacto e sentir que o que fazemos é importante.

Na realidade, a maior parte dessa confiança pode ser classificada como excesso de confiança, mas sem ela podemos não agir. Exemplo: efeito Dunning-Kruger, efeito do excesso de confiança, viés egocêntrico, efeito de terceira pessoa, efeito Forer, ilusão de controle, viés de falso consenso, ilusão da superioridade, efeito difícil-fácil, viés da autoconveniência, compensação de risco, justificação do esforço, viés de atribuição de características, hipótese de atribuição defensiva, erro fundamental de atribuição.

Para manter o foco, favorecemos a coisa imediata e relacionável à nossa frente sobre a atrasada e distante.

Valorizamos as coisas mais no presente do que no futuro e nos relacionamos mais com histórias de indivíduos específicos do que indivíduos ou grupos anônimos. Exemplos: desconto hiperbólico, apelo à novidade, efeito de vítima identificável.

Somos motivados a seguir com projetos nos quais já investimos muito tempo e energia.

Queremos manter compromissos, mesmo que encontremos cada vez mais motivos para desistir. Exemplo: falácia de custo irrecuperável, aversão à perda, escalada do comprometimento, perseverança na crença, efeito dotação, teoria da perspectiva, efeito de disposição, viés de risco zero, efeito de geração, efeito IKEA.

Para evitar erros, somos motivados a preservar nossa autonomia e status em um grupo e evitar decisões irreversíveis.

Se devemos escolher, tendemos a escolher a opção que é percebida como a menos arriscada ou que preserva o status quo. Exemplo: teoria da justificação do sistema, reatância, psicologia reversa, efeito chamariz, viés de comparação social, viés de status quo, paradoxo de Abilene, martelo de Maslow, falácia do sucesso.

Preferimos opções que pareçam simples ou que tenham informações mais completas sobre opções mais complexas e ambíguas.

Preferimos fazer a coisa mais rápida e simples do que a coisa mais importante e complicada. Mesmo que a coisa importante e complicada seja, em última análise, um melhor uso de tempo e energia. Exemplo: efeito de ambiguidade, viés de informação, viés de crença, efeito rima como razão, lei da trivialidade, falácia de conjunção, navalha de Occam, efeito menos é melhor, relativismo linguístico, efeito Delmore.

4. Razão dos Vieses Cognitivos: Espaço na Memória

Só podemos nos dar ao luxo de manter uma certa quantidade de informação que provavelmente serão úteis no futuro. Quando há muitos detalhes, escolhemos alguns itens importantes para guardar e descartamos o resto.

Editamos e reforçamos algumas memórias após um fato.

Durante esse processo, as memórias podem se tornar mais fortes, porém vários detalhes também podem ser trocados acidentalmente. Às vezes, acidentalmente injetamos um detalhe na memória que não existia antes. Exemplo:  atribuição incorreta de memória, criptomnésia, confabulação, sugestionabilidade, efeito do espaçamento.

Descartamos especificidades para formar generalidades.

Fazemos isso por necessidade, mas o impacto de associações implícitas, estereótipos e preconceitos resulta em algumas das consequências mais flagrantemente ruins de nosso conjunto completo de vieses cognitivos. Exemplo: viés do efeito do desbotamento, preconceito, estereótipos.

Reduzimos eventos e listas aos seus elementos-chave.

É difícil reduzir eventos e listas a generalidades, então escolhemos alguns itens para representar o todo. Exemplo: negligência da duração, efeito de desinformação, nivelamento e nitidez, regra de final de pico, inibição da memória, efeito da modalidade, efeito da primazia.

Armazenamos memórias de forma diferente com base em como elas foram vivenciadas.

Nossos cérebros codificam apenas as informações que julgam importantes no momento, mas essa decisão pode ser afetada por outras circunstâncias que têm pouco a ver com o valor da informação. Exemplo: efeito de autorreferência, efeito do Google, fenômeno TOT, efeito seguinte, efeito de testagem, modelo de níveis de processamento, efeito de superioridade da imagem.

Quatro Tipos de Dilemas que Levam aos Vieses Cognitivos

Conhecer os vieses cognitivos possibilita uma melhor comunicação e tomada de decisão. Se essa lista ficou muito complexa, pense que no geral os vieses são relacionados a esses quatro tipos de dilemas enfrentados pelo nosso cérebro.

  1. Não vemos a figura completa. Algumas das informações que filtramos são realmente úteis e importantes.
  2. Nossa busca por significado pode criar ilusões. Imaginamos detalhes que foram preenchidos por nossas suposições e construímos significados e histórias que não existem de verdade.
  3. Decisões rápidas podem ser seriamente falhas. Algumas das reações e decisões rápidas que tomamos são injustas, egoístas e contraproducentes.
  4. Nossa memória reforça os erros. Algumas das informações que guardamos para mais tarde podem nos levar a erros em nossos processos de pensamento.

Agora que estamos cientes dos vieses, podemos projetar nossa comunicação de marca para neutralizar seus efeitos. Precisamos estar atentos aos nossos próprios vieses, mas também ter empatia com os vieses de nossos clientes.

Vieses Cognitivos na Comunicação e Marketing

Os vieses cognitivos no marketing influenciam nos dois sentidos. Eles não afetam apenas o potencial cliente com os chamados “gatilhos mentais”, mas também os profissionais responsáveis pelas marcas. Por exemplo:

  • Como você administra sua empresa, seu progresso profissional, conquistas e obstáculos.
  • Sua capacidade de interpretar dados, segmentar públicos, analisar resultados e chegar a conclusões.

Se você ainda está um pouco perdido em termos de identificação de vieses cognitivos, não se preocupe. Nas próximas linhas eu vou abordar vieses cognitivos no marketing e como eles afetam coisas como taxas de conversão. Existem muitos tipos diferentes de vieses cognitivos, mas esses são os mais significativos para as marcas.

Efeito da Mera Exposição

Quanto mais as pessoas vêm um produto (ou marca), mais entendem que é popular, valioso ou digno de atenção.

Trata essencialmente de aumentar a visibilidade. Lembre-se, vieses cognitivos geralmente ocorrem porque seu cérebro está procurando padrões e atalhos. Quanto mais você vê algo, mais seu cérebro começa a acreditar que vale a pena prestar atenção.

Criar displays na loja ou preencher grandes espaços de prateleira com um único produto. Quando se trata de marketing digital, existem várias estratégias que você pode usar para garantir que sua marca e seus produtos se destaquem:

  • O remarketing usa anúncios pagos para redirecionar as pessoas que já visitaram seu site. Isso ajuda a manter sua marca e produtos em mente, mesmo depois de clicarem para fora do seu site.
  • A mídia social é uma ferramenta poderosa para a exposição. Quando você pode incentivar consistentemente os clientes a compartilhar e se envolver com suas postagens, isso aumenta seu alcance significativamente.
  • O conteúdo pode ser distribuído em vários canais e em vários formatos. Isso ajudará sua empresa e seus produtos a se destacarem além dos limites do seu próprio site.

Lacuna de Empatia

Em suma, empatia é compartilhar sentimentos. As emoções são motivadores poderosos que afetam diretamente como e por que tomamos certas decisões. Você pode nem perceber como suas emoções estão influenciando as escolhas que você faz. Quando uma marca se conecta com como você está se sentindo no momento, ela cria uma conexão mais íntima.

Afeta sua capacidade de tomar decisões racionais e lógicas com seu marketing. É fácil subestimar o impacto dessas emoções. Ao criar uma texto publicitário ou projetar páginas de destino, você está permitindo que suas emoções presentes influenciem suas escolhas. Você pode tirar conclusões ou levantar hipóteses com base em emoções em vez de dados.

Também afeta a forma como os consumidores reagem aos seus produtos e serviços. Quando as emoções direcionadas em sua mensagem e design se conectam com o que o cliente em potencial está sentindo, isso cria essa importante conexão cliente-marca. Eles se sentem ouvidos, embora nunca tenham compartilhado diretamente seus sentimentos.

Efeito Contraste

O efeito contraste ocorre quando nossa percepção de algo é baseada no que está intimamente relacionado a esse objeto. Em outras palavras, usamos o que está próximo para guiar nossos julgamentos.

Um contraste físico normalmente ocorre quando algo parece diferente por causa do que está ao seu redor. Por exemplo, uma parede pode parecer de repente com um tom diferente quando você pinta uma superfície adjacente com uma nova cor. Da mesma forma, os jogadores de basquete na quadra não parecem tão altos porque estão cercados por outras pessoas da mesma altura.

Pode realmente desorientar suas percepções sobre dados de marketing. Se sua última campanha de marketing foi um grande sucesso, seus resultados atuais podem parecer medíocres, mesmo que o nível atual de desempenho seja normal ou até melhor que o normal. O sucesso é ofuscado pelo que você acabou de experimentar.

Você também pode usar esse viés cognitivo a seu favor. Da mesma forma, ao criar páginas de destino e botões de call-to-action, você deve escolher cores, tamanhos e formas que contrastem com o restante da página. Isso permite que eles se destaquem dos outros elementos e chamem mais atenção.

Efeito Ancoragem

O efeito ancoragem acontece quando confiamos demais na primeira informação que recebemos. Se essa informação estiver errada ou não mostrar toda a imagem, prejudica nosso julgamento.

Você não sabe de onde seus clientes receberam informações anteriores, mas deve assumir que eles estão comparando você com a concorrência. Assim, precisa ficar de olho no que a concorrência está oferecendo e que tipo de ofertas eles estão fazendo e quais recursos/benefícios eles destacam.

Isso vai moldar como os clientes se sentem sobre sua marca. Ou seja, se você puder apresentar suas ofertas de maneira mais valiosa que a concorrência, é a oportunidade de aumentar suas conversões. O valor não está em termos de preço, mas nos benefícios prometidos.

Efeito de Enquadramento

Você pode tirar conclusões diferentes sobre a mesma informação com base em como ela é apresentada. Como você apresenta ou exibe um produto ou oferta afeta a disposição do cliente em comprar.

Acontece o tempo todo no marketing. É essencialmente como você mostra e exibe produtos para os clientes. Aqui estão algumas maneiras importantes de aproveitar esse viés cognitivo no marketing:

  • Exibindo seus produtos em ação e não apenas em um fundo em branco.
  • Destacando os benefícios nos recursos do produto.
  • Maximizando os benefícios e minimizando os riscos ou desvantagens.
  • Detalhes e recompensas fora do produto que os clientes recebem (assistência 24 horas e aulas bônus)

Efeito Conciliatório

Evitamos os extremos. Isso significa que as pessoas escolhem com mais frequência a opção intermediária quando comparam vários produtos ou serviços. O efeito conciliatório é muito importante para as vendas online.

Se você deseja que os clientes comprem um produto específico, inclua ofertas extremas dos dois lados. A opção do meio é muito atraente porque existem alternativas baratas e caras a seu lado. Além de ser muito melhor para o cliente ter a possibilidade de escolher e comparar ofertas.

Compensação de Risco

Quanto mais risco percebido estiver envolvido em uma escolha, mais cuidado temos ao decidir. Se não houver risco, é muito mais fácil fazer uma escolha. Quando há um nível mais alto de risco envolvido, os tomadores de decisão precisam agir com cuidado e querem se sentir protegidos do risco potencial.

Quando você avisa que existe uma política de devolução ou reembolso, você minimiza o risco percebido na mente dos consumidores.

Facilitar o contato com sua empresa também alivia a sensação de risco. Se os clientes souberem que podem comunicar seus problemas e dúvidas com facilidade e receber respostas rápidas, eles se sentirão mais à vontade.

Outra consideração é preço e qualidade. Produtos mais baratos são vistos como de qualidade inferior, o que significa que há um risco maior de que eles não sejam suficientes para as expectativas do cliente. Por outro lado, um item muito caro também traz o risco de que o investimento não valha os resultados. Medir risco e compensação é um fator chave para avaliação.

Efeito Halo

Se você tem uma impressão positiva de alguém, é muito mais difícil imaginá-lo fazendo algo errado. O mesmo vale para marcas e produtos. Se você teve uma ótima experiência com um produto de uma marca, estará mais disposto a confiar em um novo modelo ou em outro item.

Conquistar novos clientes é bom, mas cativar os existentes é muito melhor. Esse viés é crucial para estabelecer negócios recorrentes e clientes leais. Conseguir isso exige que você ouça os clientes. Com o que eles se preocupam? Mostre essas características em seus produtos, serviços e marca.

Em um mundo cada vez mais consciente dos impactos ambientais e socioeconômicos, obter o efeito halo com os clientes pode não ter a ver com seus produtos, mas com a forma como você se apresenta.

Vieses Cognitivos na Comunicação e Marketing

Maldição do Conhecimento

Quando entendemos muito sobre um determinado assunto, temos dificuldade na comunicação com alguém que não sabe a mesma coisa.

Você nunca deve presumir que o cliente sabe alguma coisa. Isso é especialmente importante se seus produtos ou serviços forem de natureza complexa ou envolverem conceitos técnicos.

É seu trabalho explicar sobre políticas de devolução, benefícios, recursos, versões, e etc. Vá além de se colocar no lugar deles e descubra o que eles já sabem e o que querem saber sobre seus produtos e disponibilize essas informações.

Aversão à Perda

As pessoas têm mais medo de perder o que têm do que estão inclinadas a obter algo novo. As pessoas não querem abrir mão do que sentem que possuem, mesmo quando essa coisa é intangível.

É tática clássica no marketing na criação de cupons ou programas de fidelidade. Quando você oferece a alguém um cupom de desconto, a percepção é que a pessoa já é donas dessa economia. Isso a leva a querer usá-lo antes que expire, caso contrário, perde o valor.

O mesmo vale para os programas de fidelidade que honram negócios recorrentes com recompensas. Essa ideia incentiva as pessoas a continuarem aparecendo porque não querem perder o valor acumulado.

Por outro lado, se as pessoas sentirem que estão perdendo sua segurança ou privacidade ao visitar seu site ou se envolver com sua marca, isso as impede de fazer negócios. Assim, é importante destacar as políticas de privacidade e outras normas de segurança.

Efeito Adesão (ou bandwagon)

A opção popular é muitas vezes vista como a melhor escolha. Quando vemos outras pessoas comprando um produto ou seguindo um determinado caminho, torna-se mais atraente e confiável. Afinal, como a maioria pode estar errada?

Os profissionais de marketing capitalizam o efeito bandwagon de muitas maneiras diferentes. Os endossos de celebridades, por exemplo, mostram que pessoas proeminentes usam seus produtos. Sua reputação incentiva outras pessoas a também usarem o produto. Para empresas B2B, você pode listar as empresas notáveis ​​que usam seus produtos.

No centro do efeito adesão está a prova social. Quando as pessoas sentem que há prova social para um produto ou marca, elas são mais propensas a comprar. Assim, é crucial que você incentive os clientes anteriores a deixar comentários e enviar depoimentos. O impacto é mais forte quando você anexa números à sua prova social. Por exemplo, “15 pessoas se interessaram por esse produto”.

Viés de Confirmação

Este é um dos vieses cognitivos mais comuns. O viés de confirmação significa que é mais fácil para você aceitar informações que confirmam o que você já sente e acredita do que aceitar evidências em contrário. É por isso que a maioria das pessoas seleciona as notícias de uma fonte que se encaixa em suas crenças.

Em primeiro lugar, você projeta seus produtos e serviços para resolver um problema e aliviar um ponto de dor.

Ao abordar o problema em seus materiais de marketing, você confirma o que o cliente já acredita, o que facilita a aceitação de suas ofertas.

É particularmente poderoso no marketing quando você pode usá-lo para ganhar vantagem sobre a concorrência. Se você observar o feedback negativo e as avaliações que os clientes deixam para os concorrentes, poderá usar esses insights para mostrar a eles que a grama é mais verde no quintal da sua marca.

Conclusão

Antes que qualquer conversão ocorra, uma decisão é tomada. Às vezes, uma conversão exige que várias decisões sejam tomadas em sequência. Essas decisões são influenciadas por vieses cognitivos. Nossos cérebros são excepcionalmente poderosos, mas cheios de falhas que nos permitem ocasionalmente tomar decisões e fazer julgamentos que não são 100% lógicos.

Existem vários vieses cognitivos no marketing que impactam positiva e negativamente nossos objetivos. Por isso, use esse guia para treinar sua mente, superar e desafiar seus próprios vieses. E claro, para se comunicar com mais assertividade.

Quando você está ciente desses atalhos que são práticos, mas não tão lógicos, você pode criar campanhas de marketing envolventes que posicionam sua marca e seus produtos como a melhor escolha.

Ao mesmo tempo, combater seus próprios vieses o ajudará a tomar decisões mais inteligentes e seguras que não são baseadas em impulso, conveniência ou qualquer sentimento do momento. Juntas, essas lições sobre vieses cognitivos em marketing permitirão que seus negócios alcancem mais conversões e sucesso.

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